terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tomo um, Capítulo um: A taverna, pt 3

Magna como um raio o atinge
rosto e também no pescoço
está o maior alvoroço
Só a solidão de preto o tinge


Dois do grupo logo se atiram
um chuta alto e outro soca
"mas que cara mais boboca
sou rápido, ainda não viram?"


Do soco pra trás ele esquiva
mas do chute que vem alto
pega a perna e outro salto
do tombo o Magna não o priva


De cima da mesa é mais fácil
ele arremessa a linguiça
e mais ainda ele atiça
tocando de maneira grácil


Provoca os demais bandoleiros
se equilibra na cadeira
em dois pés, que brincadeira
e nos vadios chuta os saleiros


Que em um deles acerta em cheio
"melhor lavar isso aí
dói tanto que até eu senti"
Nos olhos pegou bem no meio


A cedeira arremessa então
noutro que vinha correndo
e castanholas batendo
um a um derruba sem pressa


Até que vê mulher tão bela
salta pra dela mais perto
vai se dar bem, está certo
sente-se enamorado dela


Vestido vermelho bem comprido
"fizeste eu perder meu ar
te conheço de algum lugar?"
"Talvez dos teus sonhos, querido!"


E um tapa forte nele dá
mas é só m pouco de azar
ele acredita, vai passar
Pra briga ele então volta já


Nas castanholas bate feroz
dois em dois faltam mais dois
"mas que besta que vós sois"
Derruba o sexto com um chute atroz


O sétimo sai correndo
mas a luta não acabou
o homem do facão voltou
"MALDITO, acabarás morrendo"


Ao redor dele uma roda abre
Medo a ele não inflige
O Magna não se aflige
Estufa o peito e saca o sabre


E enquanto canta a bela barda
pela porta chegam dois
a briga fica pra depois
Chega a autoridade de farda


...

2 comentários:

  1. está legal cara, mas acho que você precisa ser mais rápido, pois já tem muito verso só nessa briga de buteco hehehe mas como esse é o espírito magna tá valendo.

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  2. Mas a leitura tá ficando cansada? Ou só achas que são versos demais? A ideia é que sejam muitos versos, mas fáceis de ler.

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