segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Tomo um, Capítulo um: A taverna, pt 2

De perto do chão ele pula
do chão pruma mesa, e então
da mesa ao gordo bem bobão
que ainda festejava a fula


"O jogo acabou, meu amigo"
foi pra cima dele e saltou
"me divertir hoje eu vou,
faz um tempo que já não brigo"


E no ar sacou suas amigas
madeira pura e polida
castanholas esculpidas
parceiras de muitas intrigas


Viu então aquele capatas
que o facão arremessara,
numa raiva que não sara
sem lápide nem "aqui jaz" 


Várias batidas no ar soam
Magna está tocando
reparando em todo o bando
parecem corvos quando pousam


"Sete deles contra eu apenas
uma tremenda injustiça"
na viga há uma linguiça
"É pra eles a quem acenas?"


" é louco, homem? Te pergunto!"
Um sorriso e outro salto
rodopiando bem alto
agora armado de um presunto


Cai lá, bem no meio do bando,
Sua amiga em uma mão só
linguiça em outra, que dó
"Escutem bem o que lhes mando"


"Lançar um facão é um perigo
uma criança indefesa
estarrada numa mesa
já é demais pro seu umbigo


Quero ver agora o vexame
um homem do seu tamanho
na briga, de ti eu ganho
mesmo armado com este salame"


"Escute aqui, pobre vadio
somos sete, e você é um.
Como uma mosca faz zum,
dou fim ao teu sonho doentio"


Sem terminar o que dizia
foi no rosto golpeado
ficando desesperado
que vergonha ele passaria?


...

2 comentários:

  1. heheeheh mas isso foi alguma cena específica, a primeira do Magna ou uma cena aleatória que simboliza várias?

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  2. A primeira! logo vai começar a saltar no telhada, e dançar com gauchescos!

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